Aguiar

O desenvolvimento de Aguiar ocorreu na fazenda São Francisco, pertencente a
Manoel Alves Cassiano na época. Segundo relatos de 1880, uma epidemia de cólera colocava
em risco os moradores da fazenda, que, em busca de proteção, fizeram uma promessa a São
Francisco: se a doença poupasse suas famílias, construiriam uma capela em sua homenagem e
o escolheriam como padroeiro. O pedido foi atendido e a promessa foi cumprida com a
construção da capela, realizada com a doação de terreno por parte de Manoel Alves.

Graças ao rio que leva o mesmo nome, que atravessa suas terras, Aguiar tornou-se um importante centro de cultivo de algodão. O distrito foi instituído pela lei municipal nº 17, datada de 7 de janeiro de 1896, e ficou subordinado ao município de Piancó, recebendo a denominação de São Francisco Aguiar. Em 1938, pelo decreto-lei estadual nº 1164, o nome foi simplificado para Aguiar. O município conquistou sua independência administrativa em 22 de dezembro de 1961, e sua instalação oficial ocorreu em 28 de outubro de 1962.

Símbolos Cívicos

A bandeira de Aguiar remete à sua origem como fazenda e às suas plantações de algodão, entre outros produtos, assim como traz referências às cores da bandeira da Paraíba. O hino do município de Aguiar foi lançado em 22 de dezembro de 2020, na data de
comemoração da independência administrativa da cidade. O criador da letra é Manoel
Belisario Neto, natural de Aguiar, professor da rede pública estadual de João Pessoa e
membro efetivo da Academia de Cordel do Vale do Paraíba.

O município de Aguiar conta com duas praças, sendo a primeira nomeada de Joaquim Bento de Souza, ao lado da Igreja Católica Matriz de Aguiar, e a segunda nomeada de Miguel Izidro Leite.

A praça Joaquim Bento de Souza possui esse nome em homenagem ao segundo prefeito da cidade, que governou entre 1967 e 1969. Em seu mandato, construiu a sede da prefeitura, que hoje é a biblioteca pública municipal, e construiu o ginásio comercial Bernardino Bento. Sua construção com a estátua de Joaquim se deu por volta do primeiro mandato do sexto prefeito Isvaldo Cabral de Souza, entre os anos de 1983-1988. 

A praça Miguel Izidro Leite foi construída durante o mandato do quinto prefeito, Lourival Lacerda Leite, entre os anos de 1977 e 1980. 

Fatos Históricos

Epidemias e promessa a padroeiro

Durante sua formação, a comunidade enfrentou várias epidemias, sendo uma delas a “bexiga” (nome popular dado à varíola). Os afetados por essa enfermidade se isolavam no mato, enquanto uma pessoa designada levava comida e remédios para ajudá-los na recuperação. Aqueles que faleciam eram sepultados ali mesmo. Posteriormente, um cemitério foi estabelecido no Sítio Lagamar. 

Contudo, por volta de 1877, o vilarejo foi atingido por outra epidemia, ainda mais severa, que resultou na morte de muitos habitantes do Sítio São Francisco do Aguiar. A doença responsável pela segunda epidemia não é exatamente conhecida, mas os doentes morriam cerca de 12 horas após a contaminação. Atualmente, acredita-se que tenha sido uma epidemia de cólera. 

Os falecidos eram sepultados no cemitério, com a rápida disseminação da epidemia, o Alferes Joaquim José Rufino da Silva, que era genro de Francisco Dutra, fez uma promessa a São Francisco: se a doença não atingisse sua família e o restante da comunidade, ele o escolheria como seu padroeiro. Com o término da epidemia, o Alferes cumpriu sua promessa. 

Após o controle da doença, o cemitério foi fechado, pois os moradores acreditavam que a visita ao local poderia levar à contaminação pela peste (esse cemitério passou a ser conhecido como Cemitério das Almas). Como resultado, os habitantes das proximidades abandonaram suas casas e começaram a erguer novas residências mais longe do Lagamar, dirigindo-se para as terras onde hoje se encontra o centro urbano. Foi a partir desse momento que surgiram algumas aglomerações ao redor da Capela (hoje conhecida como Igreja Católica Matriz de Aguiar), que era construída em taipa. 

Origem indígena

A origem do nome Aguiar não possui uma explicação unânime. Segundo os moradores da região, o topônimo deriva de uma tribo indígena que utilizava as margens de um rio que atravessa a cidade para se deslocar. Eles costumavam dizer: “seguiremos pelo rio que nos guia”, o que pode ter inspirado o nome Aguiar.

Calendário

Em Aguiar, comemoram-se as datas estaduais, municipais e nacionais, com a adição da comemoração de emancipação política. Abaixo o calendário atualizado (2024): 

Janeiro 

01 – Dia da Confraternização Universal – Feriado Nacional 

Fevereiro 

12 – Segunda-feira de Carnaval – Ponto Facultativo 

13 – Carnaval – Ponto Facultativo 

14 – Quarta-feira de Cinzas (quaresma) – Ponto Facultativo até as 14h 

Março 

28 – Quinta-feira Santa – Data Comemorativa 

29 – Sexta-feira Santa – Feriado Nacional 

30 – Sábado de Aleluia – Data Comemorativa 

31 – Páscoa – Ponto Facultativo 

Abril 

21 – Tiradentes – Feriado Nacional 

Maio 

01 – Dia do Trabalho – Feriado Nacional 

12 – Dia das Mães – Data Comemorativa 

30 – Corpus Christi – Ponto Facultativo 

Julho 

24 – São João – Feriado Municipal

11 

Agosto 

05 – Aniversário da Fundação da Paraíba – Feriado Estadual 

05 – Fundação do Estado – Feriado Estadual 

11 – Dia dos Pais – Data Comemorativa 

Setembro 

07 – Dia da Independência do Brasil – 7 de Setembro – Feriado Nacional Outubro 

12 – Nossa Senhora Aparecida – Feriado Nacional 

28 – Dia do Servidor Público – Ponto Facultativo 

Novembro 

02 – Finados – Feriado Nacional 

15 – Proclamação da República – Feriado Nacional 

20 – Dia Nacional da Consciência Negra – Feriado Nacional 

Dezembro 

22 – Emancipação Política – Feriado Municipal 

24 – Véspera de Natal | Ponto Facultativo Após as 14h – Ponto Facultativo 25 – Natal – Feriado Nacional 

31 – Véspera de Ano-Novo 

Letra e música: Manoel Messias Belisario Neto

 

Aguiar, terra querida!

Filha amada da imensa nação!

Aguiar, terra querida!

Flor mais bela do jardim Sertão! 

 

Resguardado por braços nativos,

Nosso solo exubera beleza.

Desde os tempos antigos se torna

Escultura da Mãe Natureza.

 

Mas quem antes fornece seu leito

Com a seiva vital para o brio

De seus filhos, desde os primitivos,

É o grandioso, soberano rio.

 

O chamado do rio deságua

Em mares, muito além do Sertão.

Logo aves de tão distantes terras

Fazem seus ninhos em nosso chão.

 

Aguiar, terra querida!

Filha amada da imensa nação!

Aguiar, terra querida!

Flor mais bela do jardim Sertão! 

 

Perplexos, habitantes novatos

Vêm chamá-lo de Rio Aguiar.

Terras férteis das margens florescem

Nosso esplêndido e sublime lugar.

 

É fazenda Alagoa do Dutra;

Povoado do Santo de Assis;

Faz-se vila e distrito com o nome

Aguiar acrescido ao matiz.

 

Estiagem, seca nunca vista,

Evapora as águas das torrentes.

Sem o pão todo mundo padece.

Pestilências vitimam a gente.

 

Aguiar, terra querida!

Filha amada da imensa nação!

Aguiar, terra querida!

Flor mais bela do jardim Sertão! 

 

No cenário terrível de mortes,

Recorrem a São Sebastião

Que com o caos dissipado se torna

Padroeiro por aclamação.

 

Essas intempéries são a forja

Que constrói povo batalhador,

Como o nosso que enfrenta escassez

Multiforme com força e vigor.

 

Muito altiva é elevada à cidade

Sobre o palco da emancipação.

Junto às áreas das comunidades,

Forma o corpo da legislação.

 

Aguiar, terra querida!

Filha amada da imensa nação!

Aguiar, terra querida!

Flor mais bela do jardim Sertão! 

 

Os trabalhos, variados ofícios,

Emanados da sociedade

Se entrelaçam num mesmo caminho

Dando vida à nossa cidade.

 

Na paisagem verde ou ressequida,

Seus rebentos lhe fazem acalanto.

Pelas ruas, nos sítios e serras,

Todos juntos entoam este canto:

 

Aguiar, terra querida!

Filha amada da imensa nação!

Aguiar, terra querida!

Flor mais bela do jardim Sertão!

A Economia

Manoel Messias Belizário Nero

Personalidades

Conhecido artisticamente como Manoel Belizário, nasceu em 10 de outubro de 1981 no Sítio Lages, zona rural de Aguiar, Paraíba. Mudou-se para a cidade aos 10 anos para  12 estudar e, em 2004, foi para a capital paraibana, após ser aprovado em Letras na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Seu interesse pela literatura de cordel começou na infância, influenciado pelos irmãos que liam histórias rimadas. Ele iniciou a composição de cordéis enquanto ensinava, com o objetivo de incentivar seus alunos, criando folhetos como Peleja do Aluno Preguiçoso com o Estudioso e Conselhos de Mãe. 

Ao longo de sua carreira, produziu mais de trinta folhetos, incluindo o premiado Satan Processa Bin Laden e Bush Por Plágio e Difamação. Em 2010, começou a divulgar seus poemas digitalmente, criando o blog Cordel Paraíba. Em 2011, lançou o projeto Semeando Cordel na Escola e na Sociedade em João Pessoa, que visava difundir a literatura de cordel nas escolas e revelar novos poetas. 

Além disso, Manoel Belizário é o autor da letra e música do Hino Oficial de Aguiar, lançado em 22 de dezembro durante a comemoração da emancipação política da cidade, em uma solenidade organizada pela Secretaria de Cultura, Cícera Maia. Radicado em João Pessoa, ele é também membro da Academia de Cordel do Vale do Paraíba. 

Turismo

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Usinas, Quilombos, Assentamentos, Origens Indígenas da Região (quais Etnias existiam? Ainda existem representantes vivos?

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Igrejas: quantas existem? Católicas, Evangélicas (quais as denominações), outras igrejas e ou espiritualidades praticadas (Religiões de base África, Indígenas, Xamanismo, ...); Tem Mosteiros na Região?

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Outros pontos Turísticos; passeios, caminhadas, Rotas (do Frio, dos Engenhos...); Turismo Religioso: Procissões, visitas (Exemplo: em Guarabira tem Museu do Frei Damião... Festas, Missas, etc) ...

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