
Bananeiras
Paraíba.
Bananeiras é uma cidade do estado da Paraíba, situada na microrregião do Brejo Paraibano, a cerca de 141 km da capital, João Pessoa. A história de Bananeiras é rica e está intimamente ligada ao desenvolvimento econômico e cultural da região, marcada pela agricultura, especialmente o cultivo da cana-de-açúcar e do café, e pela presença das fazendas coloniais.
A fundação de Bananeiras, na Paraíba, está relacionada ao processo de colonização e exploração do Brejo Paraibano durante o século XVIII. A região onde hoje se localiza a cidade começou a ser ocupada por colonos que buscavam terras férteis para o cultivo, especialmente de cana-de-açúcar. Essas terras eram atrativas devido ao clima ameno e ao solo fértil, que ofereciam condições favoráveis para agricultura.
O povoado de Bananeiras começou a se formar ao longo dos caminhos que ligavam a capital, João Pessoa, ao interior do estado. Esses caminhos eram utilizados pelos tropeiros, que transportavam mercadorias e animais, e pelos colonos que se estabeleciam na região.
O nome “Bananeiras” surgiu, segundo a tradição, devido à abundância de bananeiras selvagens que cresciam na área. Essas plantas, comuns na região, teriam dado origem ao nome do povoado que começava a se desenvolver. A fundação oficial do município de Bananeiras aconteceu em 16 de fevereiro de 1832, quando a localidade foi elevada à categoria de vila. Esse ato formalizou a existência do povoado, reconhecendo seu crescimento econômico e populacional.
Posteriormente, em 1879, Bananeiras foi elevada à categoria de cidade. Ao longo do século XIX, Bananeiras se consolidou como um importante centro agrícola, especialmente pela produção de café. O cultivo do café foi o principal motor econômico da região, impulsionando o crescimento da vila e atraindo novos moradores e investimentos.
A cidade de Bananeiras, ao longo de sua história, passou por diversas transformações, mas sua fundação está intimamente ligada ao desenvolvimento agrícola e à ocupação das terras do Brejo Paraibano durante o período colonial.
Símbolos Cívicos
O verde da bandeira simboliza a vegetação e o ambiente natural da região, enquanto o Sol representa o clima e a luminosidade locais. A bandeira reflete a identidade e a beleza natural da cidade.
O brasão da cidade de Bananeiras, na Paraíba, é um símbolo heráldico que representa a história e os aspectos importantes da cidade. O escudo é dividido em quatro partes, com a parte inferior a mostrando uma bananeira, simbolizando a origem do nome da cidade, e outros símbolos que destacam aspectos regionais.
Hino do Município de Bananeiras
Sob o céu claro azul destas plagas, onde o zéfiro desliza contente, a brincar pelos vales e fragas, deste solo ubertoso e ridente, salve filhos do amor e da fé! Mensageiros da paz e do bem, Sobre a terra feliz e do café, Que se orgulha de ter-nos também!
Crença, amor, derramai sobre nós, os reflexos da luz que irradia, dessa plêiade brilhante de sóis, que constante vos cerca e vos guia.
Desse povo feliz que o passado, esquecer nunca pôde o brasão, do trabalho constante e firmado de critério, honradez e ação. Encontrais, visitante, a franqueza, o agrado, a modéstia, o prazer, desse povo que a voz da nobreza nunca soube fugir ao dever.
Crença, amor, derramai sobre nós, os reflexos da luz que irradia, dessa plêiade brilhante de sóis, que constante vos cerca e vos guia.
Letra por Dionísio Maia.
Melodia por Maestro Minervino de Oliveira.
Calendário

Festas Juninas no Município de Bananeiras
Bananeiras já está decorada e a expectativa é que mais de 25 mil pessoas participem dos festejos - Foto: Prefeitura de Bananeiras.
FERIADOS MUNICIPAIS
06 de Janeiro: Dia da Padroeira Nossa Senhora Do Livramento
23/24 de Junho: São João (Festas Juninas)
16 de Outubro: Dia da Emancipação Política do Município
FESTAS E EVENTOS LOCAIS
Janeiro: Festa de São Sebastião
Dezembro: Festa de Nossa Senhora Da Conceição
A Economia

Agricultura em Bananeiras
Foto: Prefeitura de Bananeiras
Originalmente, a economia de Bananeiras era baseada na agricultura, com destaque para o cultivo de bananas e outras frutas. A produção agrícola e a presença de engenhos de açúcar marcaram a economia local durante o período colonial e imperial. A economia continuou a ser predominantemente agrícola, mas enfrentou desafios com a modernização e a competição de grandes produções agrícolas em outras regiões.
Atualmente, a produção de hortaliças e frutas, além de práticas de agropecuária, contribui para a economia local. Bananeiras também tem investido no turismo como um pilar econômico crescente. O ecoturismo e o turismo histórico atraem visitantes devido ao clima ameno e ao patrimônio cultural da cidade. Com o crescimento do turismo e da população, o setor de serviços e comércio tem se expandido, oferecendo mais oportunidades econômicas e melhorando a infraestrutura local.
A SOCIEDADE DE BANANEIRAS
A sociedade de Bananeiras sempre foi marcada por uma forte presença de comunidades tradicionais e familiares que sustentam uma cultura rica em tradições e festividades. O desenvolvimento educacional e cultural foi gradual, com a instalação de escolas e centros culturais ao longo do tempo.
Nos tempos atuais, a cidade tem avançado na melhoria da educação com a presença de escolas públicas e privadas, além de centros de ensino técnico e de educação superior, contribuindo para a formação e capacitação dos jovens.
A população também continua a valorizar suas tradições, com eventos culturais e festas que celebram a herança local, como o Festival de Inverno e as festividades religiosas. Bananeiras tem experimentado uma evolução significativa em sua economia e sociedade, adaptando-se às mudanças e buscando um equilíbrio entretradição e modernidade.

Bananeiras
Festival de inverno - Caminhos do Frio - Bananeiras - Foto: Prefeitura de Bananeiras
Personalidades
Nascido em 30 de julho de 1924 em Bananeiras (PB), foi um poeta e cordelista renomado. Apesar de uma infância pobre e alfabetização tardia aos 28 anos, Ismael desenvolveu uma paixão pela leitura e poesia.
Casado com Maria dos Santos Freire e pai de nove filhos, exerceu diversas profissões para sustentar a família. Destacou-se na produção de folhetos de cordéis e teve obras como “A Profecia do Velho Mensageiro” e “O Brasil Escaveirado”.
Em 2016, publicou o livro “Versos Diversos: Sonetos e Poemas”. Recebeu também o Registro de Mestre das Artes Canhoto da Paraíba em 2018. Ismael faleceu em 18 de maio de 2020, aos 95 anos, devido a uma pneumonia.

Ismael Freire da Silva
Poeta e Cordelista Paraibano. Foto: Levy Galdino - Paraíba Criativa
Turismo

Igreja Nossa Senhora Do Livramento
A construção da Igreja de Nossa Senhora do Livramento, em Bananeiras, teve início no final da primeira metade do Século XIX. Contudo, somente foi concluída em 1 de janeiro de 1861, no final daquele século.

Engenho Goiamunduba
Produzida desde 1877, artesanalmente, no Engenho Goiamunduba no município de Bananeiras e se tornou um dos pontos turísticos da região.

Cachoeira do Roncador
É a maior cachoeira da Paraíba, com uma queda dágua de aproximadamente 40 metros.
Dados Estatísticos
População:
População no último censo [2022] 23.134 pessoas.
Densidade demográfica [2022] 90,49 habitante por quilômetro quadrado.
Trabalho e Rendimento:
Salário médio mensal dos trabalhadores formais [2021]: 1,9 salários mínimos.
PIB Per Capita [2021] : R$ 22.244,46.
IDH[2021]: 0,697.
Área Territorial:
Área da unidade territorial [2022]: 255.641 km2.
Hierarquia urbana [2018]: Centro de Zona B (4B) – Município integrante do Arranjo Populacional de Solânea – Bananeiras/PB.
Região intermediária [2021]: Guarabira.
Região imediata [2021]: Solânea.
Mesorregião [2021]: Agreste Paraibano.
Microrregião [2021]: Brejo Paraibano.
Fonte: IBGE