Taperoá

Taperoá, situada no Cariri paraibano, possui uma história rica e enraizada na

cultura sertaneja. Fundada oficialmente em 1886, a cidade desempenhou um papel

relevante na economia do sertão, particularmente nas primeiras décadas do século

XX, quando o cultivo do algodão impulsionou seu desenvolvimento. Durante esse

período, a cidade passou por um processo de modernização sob a liderança de

Hermann Cavalcanti (1925-1927), com a implementação de políticas que

transformaram as relações sociais e a infraestrutura local, como a inauguração da

ponte sobre o Rio Taperoá e a instalação de energia elétrica. Apesar dessas

transformações, Taperoá manteve sua forte ligação com as tradições rurais e

culturais da região.

A ocupação da região remonta ao início do século XVIII. Em 1703, o

Capitão-mor Francisco de Abreu Pereira, então governador da Paraíba do Norte,

cedeu terras na encosta da Serra da Borborema, abrangendo uma extensão de

doze léguas à margem do (atualmente Rio Taperoá). Os primeiros

beneficiados com essas concessões foram o licenciado Francisco Tavares de Melo,

o Capitão Gonçalo Pais Chaves e o Ajudante Cosme Pinto, que se estabeleceram

com suas famílias e desenvolveram fazendas de gado.

A história da sede do município começou a se consolidar em torno de 1830,

quando Manuel de Farias Castro, descendente de uma tradicional família de São

João do Cariri, fundou uma fazenda na área onde atualmente está localizada a

cidade de Taperoá. A partir desse núcleo inicial, seus descendentes e outros

pioneiros, como o português Costa Vilar, povoaram e exploraram a região,

contribuindo significativamente para o desenvolvimento local. A família Vilar, em

especial, teve grande influência, com Galdino da Costa Vilar destacando-se na

resistência armada contra os revolucionários separatistas da Confederação do

Equador, em 1824.

Quanto à origem dos nomes, Batalhão e Taperoá, há controvérsias. Segundo

Dorgival Terceiro Neto (2002), José Leal menciona em seu livro que o nome

Batalhão teria se originado de “Botelhão”, mencionado em relatórios da época

colonial, e posteriormente alterado. Outros estudiosos, como Horácio de Almeida,

associam o nome a um combate entre tropas legalistas e revolucionários, o que,

segundo registros, não ocorreu. Irineu Joffily propõe que o nome se refere a uma

lagoa cercada por índios, onde um capitão-mor teria se abrigado com sua tropa.

O topônimo Taperoá também apresenta múltiplas interpretações. José Leal

sugere que o termo “taper-uá” pode significar tanto “morador de taperas” (aldeia

abandonada) quanto “andorinha” na língua indígena.

Sobre a criação do município, Dorgival Terceiro Neto (2002, p. 44) descreve

que, em 1874, a localidade de Batalhão já apresentava características de vila, com

várias casas, capela, cemitério e estabelecimentos comerciais. Em 1873, foi elevada

a Distrito de Paz, por meio da Lei Provincial nº 475. Posteriormente, em 1886, foi

reconhecida como vila pelo presidente da província, Herculano de Souza Bandeira,

através da Lei nº 829. Em 1905, o nome foi alterado para Taperoá por lei municipal.

No entanto, em 1943, o Decreto-Lei Estadual nº 520 denominou a localidade

como Batalhão, e, finalmente, em 1945, a Lei Estadual nº 318 restabeleceu o

topônimo Taperoá.

 

Símbolos Cívicos

O hino Municipal foi oficializado mediante Lei nº 07/2004, em 08 de junho de
2004, com letra do compositor Benedito Gomes da Costa Neto e música de
Natanael Bezerra Gomes.

“As margens do rio, Taperoá
Sua origem se deu
Entre ricas e belas proles
A querida Paraíba nos acolheu
No sítio Batalhão
O oásis do meu Cariri
Onde tropas, comboios e boiadas
Se deleitavam em teu seio a dormir
Com muita bravura e perseverança
Da gente forte do meu Cariri
Com fé, amor e esperança
Nos belos dias que hão de vir
És fruto da luta
De um povo fiel e vencedor
Perante a Paraíba és a boa semente
És a terra ascendente futuro promissor

Meu Taperoá
A tua gente acredita em Deus
São muitas as tuas bênçãos
A riqueza entre todas nos concedeu
És fértil meu torrão
Um recanto do imenso Brasil
Fauna e flora, singela fazenda
Rio que alenta nossos corações

Um tesouro imenso e conhecimento
Na cultura tu és a maior
Na dança, música e poesia
São teus valores grande teor
És fruto da luta
De um povo fiel e vencedor
Perante a Paraíba és a boa semente
És a terra ascendente futuro promissor”

 

 

Calendário

Os feriados do município de Taperoá são regulamentados pela Lei Municipal
N° 148/2016. Sendo estes 20 de janeiro – Dia de São Sebastião; 24 de junho – São
João; 06 de outubro – Emancipação Política; e 08 de dezembro – Dia de Nossa
Senhora da Conceição.

A Economia

Ariano Suassuna

Personalidades

O escritor Ariano Suassuna é um dos nomes mais influentes associados à
Taperoá. Ariano nasceu em 16 de junho de 1927, no Palácio da Redenção, na
Capital da Paraíba, porém considera-se taperoaense de coração. Em 1928, com o
fim do mandato de seu pai João Suassuna, no Governo do Estado, Ariano foi morar
com seus pais e irmãos na Fazenda Acauã, no município de Sousa-PB e em 1933,
com a morte de seu pai, Ariano muda-se com sua mãe e irmãos para Taperoá. Mas
foi em Recife que Ariano estudou, formou-se e passou a ser o renomado escritor
que é conhecido. É autor de grandes obras, dentre as quais pode-se citar: O Auto
da Compadecida e A Pedra do Reino. Ambas as obras ganharam destaque
nacional, por terem tornado-se micro séries na Rede Globo de Televisão, sendo a
última gravada na cidade de Taperoá.

Silvio Romero

Silvio Romero de Lemos Meira, nascido em 1955 em Taperoá, destacou-se
como um dos principais pensadores sobre inovação e empreendedorismo no Brasil. Sua contribuição para o desenvolvimento do Porto Digital, em Recife, é um exemplo de como suas ideias têm transformado a realidade de diversas regiões do país.

José de Abdias, o “Rei dos Oito Baixos”

José de Abdias, cognominado o “Rei dos Oito Baixos”, nasceu em Taperoá
em 13 de outubro de 1933. Recebeu seus primeiros ensinamentos no fole de oito
baixos pelo pai Alípio Maria da Conceição. Aos 12 anos ingressou como solista na
Rádio Difusora de Alagoas, onde conheceu Marinês, sua futura esposa e parceira
na música. Em 1960 gravou suas primeiras músicas. Depois, já no Rio de Janeiro
foi Diretor Artístico da Gravadora CBS, atuando como produtor do Trio Nordestino.

Turismo

titulo

Usinas, Quilombos, Assentamentos, Origens Indígenas da Região (quais Etnias existiam? Ainda existem representantes vivos?

Paróquia de Nossa Senhora da Conceição

Igrejas: quantas existem? Católicas, Evangélicas (quais as denominações), outras igrejas e ou espiritualidades praticadas (Religiões de base África, Indígenas, Xamanismo, ...); Tem Mosteiros na Região?

titulo

Outros pontos Turísticos; passeios, caminhadas, Rotas (do Frio, dos Engenhos...); Turismo Religioso: Procissões, visitas (Exemplo: em Guarabira tem Museu do Frei Damião... Festas, Missas, etc) ...

Responsável pela pesquisa

Responsável pela pesquisa

...... (FALTA COLOCAR )

JÉSSICA NUNES VENTURA

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