Umbuzeiro

 

Umbuzeiro é um município de significativa relevância para a história da Paraíba, por ser o berço de notáveis personalidades políticas como Epitácio Pessoa, João Pessoa e Assis Chateaubriand. Nacionalmente reconhecido no meio agropecuário, destaca-se pelo desenvolvimento e produção do gado Gir na antiga Estação de Monta de Umbuzeiro, atualmente conhecida como Estação Experimental João Pessoa, que integra a EMBRAPA, tendo sua administração transferida posteriormente para a EMEPA. A cidade é conectada a outros municípios por meio das rodovias PB-102 e PB-082, e ao estado de Pernambuco pelas rodovias PE-088 e PE-102. A sede do município e suas principais localidades situam-se na divisa com Pernambuco, com alguns núcleos urbanos compartilhados com os municípios de Orobó e Casinhas. Umbuzeiro polariza a Microrregião homônima.

A história do município remonta às primeiras expedições pelo Rio Paraíba, buscando restabelecer contatos entre o sertão e a capital da Capitania da Parahyba, já que boa parte das relações sertanejas era com Pernambuco. O processo colonizatório começou em 1713 com a concessão de uma sesmaria a Marcos de Castro Rocha, que originou a Fazenda Marcos de Castro de Matinadas. No século XIX, a propriedade passou ao Cel. José da Silva Pessoa e seus descendentes, sendo posteriormente renomeada como Fazenda Prosperidade de Umbuzeiro, próximo ao local onde a cidade está localizada atualmente.

No século XIX, Umbuzeiro tornou-se um ponto estratégico para o descanso de tropeiros que transportavam algodão da região de Campina Grande ao Porto de Recife. Nesse período, atraídos pelo potencial comercial, moradores começaram a construir casas no local. Em 1870, a primeira igreja, dedicada a Nossa Senhora do Livramento, foi erguida com a ajuda do Padre Ibiapina. Essa igreja integrava a antiga Freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Barra de Natuba, que foi extinta em 21 de outubro de 1902, quando a sede paroquial foi transferida para Umbuzeiro, formando a atual Paróquia de Nossa Senhora do Livramento, instalada em 27 de outubro de 1902.

O município foi criado em 2 de maio de 1890, pelo Decreto nº 15 do Governo Provisório da Parahyba do Norte, com sede na Vila de Umbuzeiro e território desmembrado do município de Ingá. A vila incluía localidades como Barra de Natuba, Mata Virgem, Aroeiras, Pedro Velho, Aguapaba, Natuba, Matinadas, Oratório e Pirauá. Em 1892, a sede municipal foi transferida para a Vila da Barra de Natuba, mas retornou a Umbuzeiro em 1904 devido à decadência da infraestrutura da Barra. Hoje, a antiga vila é apenas uma fazenda no município de Natuba. Em 1938, Umbuzeiro foi elevado à condição de cidade, status que mantém até os dias atuais.

Símbolos Cívicos


A bandeira de Umbuzeiro foi concebida por João Pessoa Neto e utiliza as mesmas cores da bandeira estadual da Paraíba, incorporando a palavra “Nego”. O preto representa o luto pela morte de João Pessoa, enquanto o vermelho simboliza seu sangue derramado, e o termo “Nego” remete à recusa do ex-presidente em apoiar a candidatura de Júlio Prestes. No escudo presente no estandarte municipal, estão retratados os principais produtos agrícolas, um touro da raça Gir — em referência ao rebanho criado na região —, além do céu azul com estrelas e o Cruzeiro do Sul. Esses elementos homenageiam o ilustre filho da terra e perpetuam sua memória.

O tributo a João Pessoa é reforçado no hino municipal, composto por Ivandro Souto. A letra expressa nostalgia pelas conquistas da cidade e reverencia nomes de figuras notáveis do município, ressaltando suas contribuições e eternizando seu legado.

Hino

Letra: Ivandro Souto

Na fronteira a Cidade-guarida

No alto da serra, a nos convidar
Umbuzeiro, que é Paraíba
Inda tem Pernambuco, também,
para se limitar,
Hospitalidade, saúde,
em Umbuzeiro você vai encontrar

Suas serras,
Seus horizontes,
Sentir nos mirantes,
a Paz, em seu derredor
Minha serra
“dos Cariris Velhos”
Ouvir tua história
Na voz dos teus filhos
É muito melhor
Nos seus prados cobertos de flores
Orvalho e neblina ao amanhecer,
Cerração envolvendo arredores,
Na brancura de espesso véu
Pouco a pouco subir…
Sol nascendo traz mil cores
E a natureza despertando, sorri

Suas serras,
Seus horizontes,
Sentir nos mirantes,
a Paz, em seu derredor
Minha serra
“dos Cariris Velhos”
Ouvir tua história
Na voz dos teus filhos
É muito melhor

No seu céu para sempre ecoará
Um hino de fé, imortal, imortal,
Relembrando Epitácio Pessoa,
João Pessoa e Chateaubriand
Esse trio ideal
Os seus nomes são a glória
de Umbuzeiro, sua terra natal

Calendário da Cidade

06/01

Feriado Municipal (Feriado Municipal)

10-20/01

Festa do Padroeiro São Sebastião

02/05

Feriado Municipal (Aniversário Umbuzeiro)

29/05

Feriado Municipal (Feriado Municipal)

24/06 e 29/06

Feriado Municipal (Feriado Municipal)

15/08

Festa da Padroeira Nossa Senhora do Livramento

24/09

Feriado Municipal (Feriado Municipal)

FATOS HISTÓRICOS E LENDAS

 

Berço de Personalidades Ilustres: Umbuzeiro é notável por ter sido o local de nascimento de figuras proeminentes na história do Brasil, como:

  • Epitácio Pessoa: Presidente da República entre 1919 e 1922. Sua gestão foi marcada por importantes obras públicas e pela participação do Brasil na Liga das Nações.
  • João Pessoa: Governador da Paraíba e candidato à vice-presidência na chapa de Getúlio Vargas em 1930. Sua morte desencadeou a Revolução de 1930.
  • Assis Chateaubriand: Jornalista, empresário e político, fundador dos Diários Associados, um dos maiores conglomerados de comunicação do país.

Estação Experimental João Pessoa (Antiga Estação de Monta): Fundada no início do século XX, a estação teve um papel crucial no desenvolvimento da pecuária na região, especialmente na criação e melhoramento genético do gado Gir. Sua importância é reconhecida em nível nacional.

Desenvolvimento a partir de uma Sesmaria: A história de Umbuzeiro tem suas raízes na concessão de uma sesmaria a Marcos de Castro Rocha em 1713. Essa sesmaria deu origem à Fazenda Marcos de Castro de Matinadas, que mais tarde se tornaria a Fazenda Prosperidade de Umbuzeiro.

Ponto de Parada de Tropeiros: No século XIX, com o crescimento da produção de algodão em Campina Grande, Umbuzeiro se tornou um importante ponto de parada e descanso para os tropeiros que viajavam para Recife.

                                Invenções:

Não foram encontrados registros de invenções significativas diretamente ligadas à Umbuzeiro. A região se destacou mais pela agropecuária e pela produção intelectual de seus filhos ilustres.

               Principais Histórias, Lendas e Mitos da Região:

A Ligação com a Família Pessoa: A história de Umbuzeiro está intrinsecamente ligada à família Pessoa, que teve grande influência na vida política e social da região. As histórias sobre a vida de Epitácio e João Pessoa, suas trajetórias e feitos, fazem parte da memória local.

A História da Estação Experimental: As histórias sobre a fundação, o desenvolvimento e a importância da Estação Experimental João Pessoa para a pecuária regional são preservadas na memória da comunidade.

A Lenda do Umbuzeiro (Árvore): Embora não seja específica de Umbuzeiro, a lenda do umbuzeiro, árvore símbolo do sertão, é certamente conhecida na região. A lenda conta que Deus atendeu ao pedido do umbuzeiro para ter uma madeira fraca, para que seus braços não fossem usados na crucificação de um justo. Esta lenda está ligada à cultura e à relação do sertanejo com a natureza.

A História da Estação Experimental: As histórias sobre a fundação, o desenvolvimento e a importância da Estação Experimental João Pessoa para a pecuária regional são preservadas na memória da comunidade.

A Lenda do Umbuzeiro (Árvore): Embora não seja específica de Umbuzeiro, a lenda do umbuzeiro, árvore símbolo do sertão, é certamente conhecida na região. A lenda conta que Deus atendeu ao pedido do umbuzeiro para ter uma madeira fraca, para que seus braços não fossem usados na crucificação de um justo. Esta lenda está ligada à cultura e à relação do sertanejo com a natureza.

Personalidades

                  1.1.         Antônio da Costa Gomes
Antônio Gomes foi um político e empresário paraibano, filho de Ananias Rego Gomes e Amélia da Costa Gomes. Ele começou sua trajetória política como vice-prefeito de Campina Grande e foi eleito deputado federal em três mandatos consecutivos (1974, 1978 e 1982), inicialmente pela ARENA e posteriormente pelo PDS. Durante seu último mandato, absteve-se de votar na Emenda Dante de Oliveira e apoiou Paulo Maluf no Colégio Eleitoral em 1985. Em 1986, tornou-se vice-governador da Paraíba ao lado de Milton Cabral após eleição indireta na Assembleia Legislativa, sucedendo a renúncia do governador Wilson Braga e do vice José Carlos da Silva Júnior. Apesar de contestações judiciais, seus mandatos foram confirmados pelo Tribunal Superior Eleitoral. Após encerrar a vida pública ao fim de seu mandato, dedicou-se às suas atividades empresariais até seu falecimento.
 
                 1.2.         Antônio da Silva Pessoa
 
Antônio da Silva Pessoa nasceu em Umbuzeiro (PB) em 17 de março de 1863, filho de José da Silva Pessoa e Henriqueta de Lucena Pessoa. De origem influente, seu irmão Epitácio Pessoa foi presidente do Brasil (1919-1922), e seu tio Henrique Pereira de Lucena foi político e ministro do Supremo Tribunal Federal. Antônio iniciou sua carreira como inspetor aduaneiro e ocupou cargos na Alfândega de Pernambuco e Santos. Na política, ingressou em 1912, sendo indicado por Epitácio Pessoa como vice-presidente estadual da Paraíba. Tornou-se governador em 1915 após a renúncia de Castro Pinto, enfrentando crises financeiras e promovendo avanços como a fundação de escolas e o Congresso do Algodão. Casado com Margarida de Assunção Santiago, foi pai de Carlos da Silva Pessoa, deputado federal, e tio de João Pessoa, presidente da Paraíba e figura histórica. Antônio faleceu em Umbuzeiro em 31 de outubro de 1916.
 
                  1.3.         Assis Chateaubriand
Assis Chateaubriand (1892–1968) foi um jornalista, empresário e político brasileiro de grande influência nas décadas de 1940 a 1960. Fundador dos Diários Associados, o maior conglomerado de mídia da América Latina na época, ele foi responsável pela criação da primeira emissora de televisão do Brasil, a TV Tupi, em 1950, e também co fundador do Museu de Arte de São Paulo (MASP) em 1947. Nascido na Paraíba, Chateaubriand começou sua carreira jornalística ainda jovem e, através de uma série de aquisições, construiu um império midiático com jornais, rádios e televisões em várias partes do Brasil. Ele teve uma relação controversa com os poderosos, sendo acusado de chantagens e práticas antiéticas, especialmente relacionadas a publicações de matérias em favor de seus anunciantes. Além de sua atuação no jornalismo, foi senador, tendo exercido mandatos em 1952 e 1955, e manteve proximidade com o governo de Getúlio Vargas. Sua atuação empresarial também se estendeu à arte, promovendo exposições e formando importantes coleções de arte europeia, que mais tarde se tornaram parte do MASP. Chateaubriand morreu em 1968, após sofrer uma trombose que o deixou paralisado. Ele foi uma figura emblemática da mídia brasileira, sendo admirado e criticado por seu caráter polêmico e suas práticas empresariais e políticas.
 
                  1.4.      Epitácio Pessoa 
(1865-1942) foi um importante jurista, diplomata, professor e político brasileiro. Natural da Paraíba, destacou-se em várias funções: foi o 11º presidente do Brasil entre 1919 e 1922, período marcado por revoltas militares que culminaram na Revolução de 1930. Antes de assumir a presidência, teve uma carreira notável como deputado, ministro da Justiça, procurador-geral da República, senador e juiz no Supremo Tribunal Federal (STF). Foi também chefe da delegação brasileira na Conferência de Paz de Versalhes após a Primeira Guerra Mundial. Pessoa teve uma educação sólida, formando-se na Faculdade de Direito do Recife, onde se destacou junto a outras figuras importantes, como Antônio Joaquim Pires de Carvalho. Iniciou sua carreira política ainda jovem, sendo deputado no Congresso Constituinte de 1890, e teve grande influência na elaboração do Código Civil Brasileiro de 1916. Aposentou-se precocemente como ministro do STF, mas continuou ativo na política, sendo eleito senador em 1912. Seu governo foi influenciado por sua atuação diplomática e seu papel na resolução de questões internacionais, como o comércio de café e a apreensão de navios alemães durante a guerra. Ele também teve um papel significativo na construção da República e na diplomacia internacional do Brasil.
 
                  1.5.         Francisco Pessoa de Queirós
Francisco Pessoa de Queirós (1890-1980), nascido em Umbuzeiro, Paraíba, foi um diplomata, empresário e político brasileiro. Formado em Direito pela Faculdade de Direito do Recife em 1911 e especializado em Direito Internacional pela Universidade de Paris, iniciou sua carreira diplomática em Londres e Buenos Aires. No Rio de Janeiro, trabalhou como assessor especial de seu tio, o presidente Epitácio Pessoa, e também se envolveu na política, tentando se eleger deputado federal sem sucesso. Em 1921, assumiu a direção do Jornal do Commercio, iniciando um importante grupo de comunicação. Foi deputado federal de 1921 a 1930 e participou de várias conferências internacionais. Na eleição presidencial de 1930, apoiou Júlio Prestes, mas após a Revolução de 1930, foi exilado na França. Seu jornal foi censurado, mas ele continuou expandindo suas iniciativas de comunicação nos anos seguintes, criando o Diário da Noite, a Rádio Jornal do Commercio e, em 1960, a TV Jornal do Commercio. Em 1962, foi eleito senador pela UDN, cargo que exerceu até 1971. Nos últimos anos de sua vida, seus negócios de comunicação enfrentaram dificuldades financeiras, e ele morreu em 1980, aos 90 ano
 
                  1.6.         João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque
 
(1878-1930) foi um advogado e político brasileiro, sobrinho do ex-presidente Epitácio Pessoa. Natural da Paraíba, teve uma carreira marcada por sua luta contra as oligarquias locais, embora também tenha pertencido a uma família tradicional. Foi presidente da Paraíba de 1928 a 1930 e se destacou pela reforma administrativa e tributária no estado, além de se opor ao candidato governista Júlio Prestes nas eleições de 1930, ao lado de Getúlio Vargas. Foi assassinado em 26 de julho de 1930, por João Dantas, um jornalista adversário político, em Recife. Sua morte, embora de motivação passional, foi usada como um estopim para a Revolução de 1930, que depôs o presidente Washington Luís e levou Getúlio Vargas ao poder. Em homenagem, a capital da Paraíba passou a se chamar João Pessoa. Seu corpo foi exposto à visitação pública e transportado para o Rio de Janeiro, mas em 1997, suas cinzas e as de sua esposa foram retornadas para a Paraíba e colocadas em um mausoléu na cidade de João Pessoa.
 
                1.7.         Luiz Carlos Vasconcelos
Luiz Carlos Vasconcelos, nascido em Umbuzeiro, Paraíba, em 25 de junho de 1954, é um renomado ator brasileiro, conhecido por sua atuação no teatro, cinema e televisão. Iniciou sua carreira nos anos 70 e se destacou principalmente por interpretar o médico Drauzio Varella no filme Carandiru (2003), que lhe rendeu um prêmio no Festival Internacional de Cinema de Cartagena. Além disso, Vasconcelos é um entusiasta do circo e do teatro, sendo um dos fundadores da Escola Piollin em João Pessoa, que tem como objetivo promover a educação popular e o desenvolvimento artístico. Seu personagem mais icônico é o palhaço Xuxu, criado em 1978, que representa um palhaço cidadão, sempre presente em comunidades carentes. Mesmo com sua agenda cheia de outros projetos, Vasconcelos sempre encontra tempo para se apresentar como Xuxu. No cinema, iniciou com o papel de Lampião no filme O Baile Perfumado (1996), e também participou de produções dirigidas por Walter Salles e Andrucha Waddington. Na televisão, Vasconcelos teve participações em novelas como Senhora do Destino e em séries como A Pedra do Reino (2007), adaptação do romance de Ariano Suassuna. Ele também teve um papel importante na mini-série Queridos Amigos (2008).
 
                  1.8.         Milton Cabral
O político e empresário da Paraíba, cuja trajetória se destaca em diversos setores, nasceu filho de Severino Bezerra Cabral e Anita de Assis Cabral. Formado em Engenharia Industrial pelo Mackenzie em 1947, foi também aluno do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR) do Exército e atuou como presidente do Centro Acadêmico Horácio Lane. Após retornar a Campina Grande, se estabeleceu como empresário no setor têxtil e assumiu diversas funções no Rotary Clube e em entidades industriais da Paraíba. Mudou-se para o Rio de Janeiro e tornou-se vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em 1956. Em 1962, foi eleito deputado federal pelo PTB da Paraíba e apoiou o Regime Militar de 1964, filiando-se à ARENA. Posteriormente, assumiu funções diplomáticas e, em 1969, foi efetivado como deputado federal. Foi eleito senador em 1970 e renovou seu mandato em 1978. Após o fim da ditadura, ingressou no PDS e, em 1986, foi eleito governador da Paraíba para um mandato curto, após as renúncias de Wilson Braga e José Carlos da Silva Júnior. Em sua carreira posterior, foi membro de conselhos industriais e, em 2015, recebeu a Medalha Epitácio Pessoa. Seu pai foi vice-governador da Paraíba, e seu sogro também teve uma carreira política relevante.
 
                  1.9.         Napoleão Laureano
      
Napoleão Rodrigues Laureano (1914–1951) foi um médico oncologista brasileiro, amplamente reconhecido por seu trabalho humanitário, atendendo pacientes carentes gratuitamente e tornando-se conhecido como “médico dos pobres”. Formado pela Universidade Federal de Pernambuco em 1943, especializou-se em cirurgia do câncer e foi um dos pioneiros no tratamento dessa doença na Paraíba, especialmente em uma época em que os pacientes com câncer enfrentavam forte estigma e preconceito. Em 1945, Laureano entrou para a política e se tornou o primeiro presidente da Câmara Municipal de João Pessoa, com foco em melhorar a saúde pública na capital paraibana. Quando foi diagnosticado com câncer, ele usou sua influência para lutar pela criação de um hospital especializado em câncer em João Pessoa, já que o estado não possuía infraestrutura para tratamento da doença. Após sua morte, Laureano doou todos os seus bens para essa causa. O Hospital Napoleão Laureano, em João Pessoa, foi nomeado em sua homenagem e continua a ser um legado importante no combate ao câncer no Brasil. Além de sua contribuição na medicina, Laureano teve uma atuação política e social, sendo também reconhecido pelo seu engajamento em movimentos estudantis durante a ditadura de Getúlio Vargas.
 
               1.10.         Cunha Pedrosa
Em seus longos anos de vida pública atuou como advogado, promotor, Juiz e ministro do Tribunal de Contas. Em 1890 ingressou na política partidária, sob as ordens de Venâncio Neiva, indicado para governar a Paraíba pelo Marechal Deodoro da Fonseca. Em 1892, com a derrubada dos indicados pelo Marechal, cai no ostracismo, em que vive até 1902, quando retorna a política da Paraíba, justo no momento em que se dão as primeiras aproximações entre Alvaristas e Venancistas, quando tornar-se deputado estadual, secretário geral do Presidente Monsenhor Walfredo Leal, Diretor do Jornal Oficial do Estado e 1 vice-presidente da Paraíba. Com a progressiva ascensão de Epitácio Pessoa, venancista como ele, chega ao Senado Federal, onde permanece de 1912 a 1923. Em seguida é indicado para ministro do Tribunal de Contas da União, instituição em que aposentou-se depois de 8 anos devido a uma grave enfermidade, diagnosticada na época como uma inflamação nas terminações nervosas. Ele é pai de Mario Pedrosa, renomado crítico de artes plásticas.
 
               1.11.         Severino Bezerra Cabral
Trabalhador industrial, montou a primeira fábrica de leite pasteurizado de Campina Grande, a “Leite Celeste”. Proprietário da fábrica de tecelagem Caruá e comerciante no ramo de automóveis Chevrolet, S. B. Cabral e Cia. Presidente da Associação Comercial, deputado estadual, candidato eleito a vice-governador na chapa de João Agripino em 1965. Não pôde assumir porque não se desincompatibilizou de empresas privadas em tempo hábil. Foi prefeito de Campina Grande de 30/11/1959 a 30/11/1963, quando construiu a Padaria Municipal, sede do Sindicato das Indústrias e o Teatro Municipal Severino Cabral.
 
 

Turismo

9.1. Pontos Turísticos:

● Casa Natal de João Pessoa: Este é um dos principais atrativos de Umbuzeiro, por ser o local onde nasceu uma figura tão importante para a história da Paraíba e do Brasil. A casa preserva características da época e oferece aos visitantes a oportunidade de conhecer mais sobre a vida e o legado de João Pessoa.
● Estação Experimental João Pessoa (Antiga Estação de Monta): Com sua arquitetura peculiar e vasta área, a estação representa um importante patrimônio histórico e cultural. Os visitantes podem conhecer as instalações, aprender sobre a história da pecuária na região e apreciar a paisagem.
● Igreja de Nossa Senhora do Livramento: A igreja matriz, com sua arquitetura e história, é um ponto de referência na cidade e um local de interesse para os apreciadores de arte sacra e história religiosa.
● Mercado Municipal: Um local vibrante que oferece um contato autêntico com a cultura local, onde se pode encontrar produtos regionais e artesanato.

9.2. Passeios, Caminhadas e Rotas:

● Passeios pela Zona Rural: A região de Umbuzeiro oferece belas paisagens rurais, com a possibilidade de realizar passeios a cavalo, trilhas e caminhadas em meio à natureza.
● Rota Histórica: Um roteiro que inclua a Casa Natal de João Pessoa, a Estação Experimental e outros pontos históricos da cidade pode ser uma ótima opção para os interessados em história e cultura.
● Rotas Temáticas: Embora não haja rotas temáticas formalmente estabelecidas em Umbuzeiro, é possível explorar aspectos relacionados:
○ Rota da Natureza: A região possui potencial para o desenvolvimento de trilhas ecológicas e atividades de ecoturismo, explorando a fauna e a flora locais.
○ Rota da Gastronomia Regional: A culinária local, com seus pratos típicos do sertão, pode ser um atrativo para os visitantes.

9.3. Turismo Religioso:

● Festa de Nossa Senhora do Livramento: A festa da padroeira é um evento importante para a comunidade local, com missas, procissões e outras atividades religiosas.
● Visitas à Igreja Matriz: A Igreja de Nossa Senhora do Livramento pode ser visitada durante todo o ano, permitindo aos fiéis e visitantes apreciarem sua arquitetura e história.
● Celebrações Religiosas: Acompanhar as missas e outras celebrações religiosas na igreja pode ser uma forma de vivenciar a fé e a cultura local.

Embora Umbuzeiro não tenha um museu, a cidade oferece outros atrativos históricos e culturais que podem ser explorados pelos turistas. A Casa Natal de João Pessoa e a Estação Experimental são exemplos de locais que preservam a memória e a história da região.

Patrimônio Cultural

                  1.1.         Usinas:

Não foi encontrado informações que confirmem a presença de grandes usinas de açúcar ou outras indústrias similares diretamente no município de Umbuzeiro. A região, historicamente, teve forte ligação com a agropecuária, especialmente a criação de gado, como evidenciado pela Estação Experimental João Pessoa. No entanto, é possível que a região tenha sido influenciada economicamente por usinas localizadas em municípios vizinhos, durante o ciclo da cana-de-açúcar.

                  1.2.         Quilombos:

Não há registros amplamente divulgados sobre a presença de quilombos dentro do município de Umbuzeiro. A Paraíba, como um todo, teve uma história marcada pela escravidão, e é possível que comunidades quilombolas tenham existido na região em tempos passados, mas a falta de documentação específica para Umbuzeiro dificulta a confirmação.

                  1.3.         Assentamentos:

Não possui.

                  1.4.         Origens Indígenas da Região:

A região onde hoje se localiza Umbuzeiro era habitada por povos indígenas antes da colonização europeia. As principais etnias que habitavam o interior da Paraíba, e consequentemente a região próxima a Umbuzeiro, eram:

  • Tapuias: Este termo era usado genericamente para designar diversos grupos indígenas que não falavam línguas Tupi. Dentro dos Tapuias, destacam-se os Cariris, que ocupavam uma vasta área do Nordeste.
  • Tupis: Grupos falantes de línguas Tupi também estavam presentes na Paraíba, embora em menor número no interior em comparação com o litoral.

                  1.5.         Existência de Representantes Vivos:

Existem comunidades indígenas que se reconhecem como descendentes desses povos originários, principalmente ligadas aos Cariris. A etnia Kiriri, por exemplo, tem uma presença histórica marcante na região.

Diversos

Sociedade

4.2.1. Evolução Histórica: Influência de Figuras Históricas: Umbuzeiro é berço de figuras importantes da história da Paraíba e do Brasil, como Epitácio Pessoa e João Pessoa, o que influenciou a vida social e política da região. Desenvolvimento Urbano: O desenvolvimento urbano acompanhou o crescimento da população, com a formação de bairros e a infraestrutura básica. 4.2.2. Sociedade Atual: Comunidade Local: A sociedade de Umbuzeiro é caracterizada por uma forte ligação com suas tradições e cultura local. Como muitas cidades do interior, também enfrenta desafios sociais como a necessidade de melhorias na educação, saúde e infraestrutura. Além disso, a cultura nordestina, com suas festas, tradições e culinária, tem forte presença no município.

Igrejas

-Igreja evangélica assembleia de Deus, Ministério do Recife (belem) -Capela São José -Salão Do Reino Das Testemunhas De Jeová -Oratório Privado de Nossa Senhora de Fátima -Igreja de Santo Antônio -Igreja de Nossa Senhora Aparecida -Igreja de Nossa Senhora da Conceição -Igreja de Nossa Senhora das Graças O Catolicismo é a religião predominante no município.

Praças / Monumentos

-Praça Umburetama: -Praça João Pessoa: -Praça da Saudade: -Praça Cel. Antônio Pessoa: -Busto de João Pessoa: -Busto do Cel. Antônio Pessoa: -Busto de Epitácio Pessoa: -Busto de Carlos Pessoa Filho:

Dados Estatísticos

Pecuária: Desde seus primórdios, a economia de Umbuzeiro esteve ligada à agropecuária, com destaque para a criação de gado. A presença da Estação Experimental João Pessoa (antiga Estação de Monta) reforça essa vocação, contribuindo para o desenvolvimento de técnicas e melhoramento genético do gado, especialmente o Gir.

Agricultura: A agricultura de subsistência também teve um papel importante na economia local, com o cultivo de culturas como feijão, milho e mandioca.

Comércio e Serviços: Com o passar do tempo, o comércio e o setor de serviços foram se desenvolvendo, atendendo às necessidades da população local.

Economia Atual:

Agropecuária: A agropecuária continua sendo um dos pilares da economia de Umbuzeiro, com destaque para a pecuária de corte e leite. A Estação Experimental, hoje sob administração da EMEPA, continua a ter um papel relevante.

Comércio e Serviços: O comércio local oferece uma variedade de produtos e serviços, atendendo à demanda da população.

Turismo: O turismo histórico e cultural, impulsionado pelo patrimônio da cidade, como a casa onde nasceu João Pessoa e a Estação Experimental, tem potencial para gerar renda e desenvolver a economia local

Promover o desenvolvimento econômico do Município, através do fomento de atividades nas áreas da agropecuária e meio ambiente;Definir os planos e programas na formulação e execução do desenvolvimento de pesquisas referente à fauna e a flora; o levantamento e cadastramento das áreas verdes; a fiscalização das reservas naturais; o combate permanente à poluição ambiental; a execução de projetos paisagísticos e de serviços de jardinageme arborização;A definição e execução da política de limpeza urbana e rural, através da normatização e fiscalização da coleta, reciclagem, disposição e tratamento dos resíduos sólidos, por administração direta ou terceirizada; Diagnosticar e difundir as potencialidades do Município, buscando a atração de capital de investimento, procurando incrementar o desenvolvimento econômico e social e toda a área do Município;

Fonte: IBGE

Responsável pela pesquisa

Responsável pela página

HENRIQUE DE ANDRADE FRANÇA

Rosinaldo Simões

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